08 fevereiro 2016

Psoríase: uma alergia inconveniente

Olá!


Há algum tempo venho pensando em falar sobre a Psoríase, uma alergia um tanto quanto inconveniente e que muitos acham que é de outro mundo. Eu tenho essa alergia e vou esclarecer um pouco sobre ela!

A psoríase é uma doença da pele relativamente comum, crônica e não contagiosa. É uma doença cíclica, ou seja, apresenta sintomas que desaparecem e reaparecem periodicamente. Sua causa é desconhecida, mas sabe-se que pode ter causas relacionadas ao sistema imunológico, às interações com o meio ambiente e à suscetibilidade genética. (fonte: http://www.sbd.org.br/doencas/psoriase/)

Por que ela é imunológica ou genética?

A psoríase é derivada do sistema nervoso e imunológico. A alergia está propensa a aparecer quando passamos por uma carga emocional demasiada, por exemplo: estresse, nervoso, ansiedade, tristeza e por aí vai.

Imunológico por quê? 

Acredita-se que ela se desenvolve quando os linfócitos T (células responsáveis pela defesa do organismo) começam a atacar as células da pele. Iniciam-se, então, respostas imunológicas que incluem dilatação dos vasos sanguíneos da pele, produção de glóbulos brancos para combater a infecção – como as células da pele estão sendo atacadas, a produção das mesmas também aumenta, levando a uma rapidez do seu ciclo evolutivo, com consequente grande produção de escamas devido à imaturidade das células.

Quais os sintomas? 

Os sintomas da psoríase variam de paciente para paciente, conforme o tipo da doença, mas podem incluir:

  • Manchas vermelhas com escamas secas esbranquiçadas ou prateadas
  • Pequenas manchas escalonadas
  • Pele ressecada e rachada, às vezes, com sangramento.
  • Coceira, queimação e dor.
  • Unhas grossas, sulcadas ou com caroços.
  • Inchaço e rigidez nas articulações

Em casos de psoríase moderada pode haver apenas um desconforto por causa dos sintomas; mas, nos casos mais graves, a psoríase pode ser dolorosa e provocar alterações que impactam significativamente na qualidade de vida e na autoestima do paciente. Assim, o ideal é procurar tratamento o quanto antes.

Eu descobri que tinha a psoríase no sistema nervoso aos 11 anos, porém ela apareceu bem mais tranquila. O tratamento foi feito a base de medicamento oral (Hixizine), e tópico com cremes a base de ureia.  Fiquei livra da alergia por 17 anos. Mas, em agosto de 2015, ela resolveu voltar e bem mais forte do que a primeira. Um mês antes, eu fiquei com a garganta infeccionada por quase duas semanas, era impossível comer ou beber qualquer coisa devido à inflamação, cantar então era um sacrifício.

Quando as manchas começaram a se propagar em minhas pernas e na região do abdome, eu fui até o dermatologista, e para minha surpresa ele me questionou se eu havia estado com a garganta infeccionada recentemente. Eu informei que sim, porém havia tratado. Então ele me pediu o exame de sangue completo, e neste exame ele solicitou o ASLO (anticorpo antiestreptolisina O). Este exame é um achado indicativo que houve um contato (nos últimos dois meses) com um tipo de bactéria, chamada de estreptococo beta-hemolítico do grupo A. Os anticoprpos elevam-se a partir de 7 até 14 dias após o contato com a bactéria.

Essa bactéria está envolvida no aparecimento de certas doenças, como a amigalite, faringite, escarlatina (infecção da garganta associada com uma erupção da pele) ou erisipela (infecção do tecido abaixo da pele, geralmente nas pernas).


Bingo! Aí estava o motivo pelo retorno da psoríase.

Porem, dessa vez como eu havia dito, a psoríase veio mais forte do que eu imaginei e os médicos também. Em três meses visitei cerca de 6 dermatologistas, os mesmos informavam e orientavam a utilização de pomadas tais como: Dipropionato de Betametasona (que reduz a escamação e a coceira das lesões), Propionato de Clobetasol (conhecido como Clob-x e Psorex, e que reduzem as lesões, e a coceira). Essas duas foram muito minhas amigas, até pararem de fazer efeito. Pois é.

Mas, como toda jornalista, sou curiosa e fui procurar saber mais sobre a possibilidade de outros medicamentos além das pomadas.

Bingo de novo. Encontrei um artigo de uma universidade, voltada somente para a doença. E nela descobri três substancias que não curam, mas reduzem a quase 90% as lesões e o retorno da alergia, são eles:

Metotrexato, Ciclosporina e a Acitretina, todos os medicamentos orais. 

O Metotrexato é o menos agressivo, e reduz significamente. A Ciclosporina e a Acitretina, são usadas em últimos casos, e possuem reações adversas um pouco mais puxadas do que o Metotrexato, sendo elas a não possibilidade de engravidar durante e após alguns anos do tratamento com o medicamento, pois estas podem causar má formação do feto.

A utilização dos medicamentos são sempre acompanhada com a indicação de banho de sol, para redução das manchas.

Breve iniciarei pelo Centro de referência em Psoríase (localizado no Ambulatório Conde de Lara – Santa Casa de Misericórdia de SP) e comentarei com vocês todo o processo, se regressivo ou evolutivo.

Não sou médica nem dermato, mas estudei muito sobre a alergia e posso tirar algumas dúvidas.

Fico por aqui!



Um comentário:

  1. Muito bem explicado Mari, é muito importante conscientizar as pessoas mesmo que não sofram da mesma.
    Parabéns Bjos

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