Psoríase: uma alergia inconveniente
Olá!
Há algum tempo venho pensando em falar sobre a Psoríase, uma
alergia um tanto quanto inconveniente e que muitos acham que é de outro mundo.
Eu tenho essa alergia e vou esclarecer um pouco sobre ela!
A psoríase é uma doença da pele relativamente comum, crônica
e não contagiosa. É uma doença cíclica, ou seja, apresenta sintomas que
desaparecem e reaparecem periodicamente. Sua causa é desconhecida, mas sabe-se
que pode ter causas relacionadas ao sistema imunológico, às interações com o
meio ambiente e à suscetibilidade genética. (fonte: http://www.sbd.org.br/doencas/psoriase/)
Por que ela é imunológica ou genética?
A psoríase é derivada do sistema nervoso e imunológico. A
alergia está propensa a aparecer quando passamos por uma carga emocional
demasiada, por exemplo: estresse, nervoso, ansiedade, tristeza e por aí vai.
Imunológico por quê?
Acredita-se que ela se desenvolve
quando os linfócitos T (células responsáveis pela defesa do organismo) começam
a atacar as células da pele. Iniciam-se, então, respostas imunológicas que
incluem dilatação dos vasos sanguíneos da pele, produção de glóbulos brancos
para combater a infecção – como as células da pele estão sendo atacadas, a
produção das mesmas também aumenta, levando a uma rapidez do seu ciclo
evolutivo, com consequente grande produção de escamas devido à imaturidade das
células.
Quais os sintomas?
Os sintomas da psoríase variam de
paciente para paciente, conforme o tipo da doença, mas podem incluir:
- Manchas vermelhas com escamas secas esbranquiçadas ou prateadas
- Pequenas manchas escalonadas
- Pele ressecada e rachada, às vezes, com sangramento.
- Coceira, queimação e dor.
- Unhas grossas, sulcadas ou com caroços.
- Inchaço e rigidez nas articulações
Em casos de psoríase moderada pode haver apenas um
desconforto por causa dos sintomas; mas, nos casos mais graves, a psoríase pode
ser dolorosa e provocar alterações que impactam significativamente na qualidade
de vida e na autoestima do paciente. Assim, o ideal é procurar tratamento o
quanto antes.
Eu descobri que tinha a psoríase no sistema nervoso aos 11
anos, porém ela apareceu bem mais tranquila. O tratamento foi feito a base de
medicamento oral (Hixizine), e tópico com cremes a base de ureia. Fiquei livra da alergia por 17 anos. Mas, em
agosto de 2015, ela resolveu voltar e bem mais forte do que a primeira. Um mês
antes, eu fiquei com a garganta infeccionada por quase duas semanas, era
impossível comer ou beber qualquer coisa devido à inflamação, cantar então era
um sacrifício.
Quando as manchas começaram a se propagar em minhas pernas e
na região do abdome, eu fui até o dermatologista, e para minha surpresa ele me
questionou se eu havia estado com a garganta infeccionada recentemente. Eu
informei que sim, porém havia tratado. Então ele me pediu o exame de sangue
completo, e neste exame ele solicitou o ASLO (anticorpo antiestreptolisina O).
Este exame é um achado indicativo que houve um contato (nos últimos dois meses)
com um tipo de bactéria, chamada de estreptococo beta-hemolítico do grupo A. Os
anticoprpos elevam-se a partir de 7 até 14 dias após o contato com a bactéria.
Essa bactéria está envolvida no aparecimento de certas doenças, como a amigalite,
faringite, escarlatina (infecção da garganta associada com uma erupção da pele)
ou erisipela (infecção do tecido abaixo da pele, geralmente nas pernas).
Bingo! Aí estava o motivo pelo retorno da psoríase.
Porem, dessa vez como eu havia dito, a psoríase veio mais
forte do que eu imaginei e os médicos também. Em três meses visitei cerca de 6
dermatologistas, os mesmos informavam e orientavam a utilização de pomadas tais
como: Dipropionato de Betametasona (que reduz a escamação e a coceira das lesões),
Propionato de Clobetasol (conhecido como Clob-x e Psorex, e que reduzem as lesões,
e a coceira). Essas duas foram muito minhas amigas, até pararem de fazer
efeito. Pois é.
Mas, como toda jornalista, sou curiosa e fui procurar saber
mais sobre a possibilidade de outros medicamentos além das pomadas.
Bingo de novo. Encontrei um artigo de uma universidade,
voltada somente para a doença. E nela descobri três substancias que não curam,
mas reduzem a quase 90% as lesões e o retorno da alergia, são eles:
Metotrexato, Ciclosporina e a Acitretina, todos os
medicamentos orais.
O Metotrexato é o menos agressivo, e reduz significamente.
A Ciclosporina e a Acitretina, são usadas em últimos casos, e possuem reações
adversas um pouco mais puxadas do que o Metotrexato, sendo elas a não
possibilidade de engravidar durante e após alguns anos do tratamento com o
medicamento, pois estas podem causar má formação do feto.
A utilização dos medicamentos são sempre acompanhada com a
indicação de banho de sol, para redução das manchas.
Breve iniciarei pelo Centro de referência em Psoríase
(localizado no Ambulatório Conde de Lara – Santa Casa de Misericórdia de SP) e
comentarei com vocês todo o processo, se regressivo ou evolutivo.
Não sou médica nem dermato, mas estudei muito sobre a
alergia e posso tirar algumas dúvidas.
Fico por aqui!
Muito bem explicado Mari, é muito importante conscientizar as pessoas mesmo que não sofram da mesma.
ResponderExcluirParabéns Bjos